terça-feira, 7 de junho de 2011

Fichamento 10- Síndrome de Parsonage-Turner em paciente HIV positivo

Síndrome de Parsonage-Turner em paciente HIV positivo*

Parsonage-Turner syndrome in HIV seropositive patient


Acir RachidI; Ricardo Schmitt de BemII; Diogo Cunha LacerdaIII; Jean Luca SeitenfusIII



A síndrome de Parsonage-Turner, também conhecida como neuralgia amiotrófica da cintura escapular ou neurite braquial, é uma neurite aguda que afeta o plexo braquial e/ou nervos isolados ou ramo de nervos.
 A sua etiologia é desconhecida, todavia, considera-se que um mecanismo inflamatório mediado imunologicamente contra as fibras nervosas do plexo braquial seja o responsável. Alguns autores associam sua origem a infecções causadas por vírus, havendo relatos secundários a viroses por Parvovírus B19, vírus de Esptein-Barr, herpes vírus, citomegalovírus e também pelo vírus HIV.

Clinicamente apresenta-se na maioria dos casos como um episódio de dor intensa aguda acompanhada na evolução por fraqueza muscular, atrofia ou ambos além de envolvimento sensorial, sobretudo da musculatura do ombro.
A sua prevalência aproxima-se de 1,6:100 mil habitantes, com predomínio de acometimento entre a terceira e sétimas décadas de vida e com destaque de acometimento no sexo masculino numa proporção variável entre 2:1 até 11:1.

É uma doença de difícil reconhecimento na prática clínica diária, por ser rara no país, descrevemos um caso de síndrome de Parsonage-Turner associada à soropositividade por HIV

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Fichamento 9- Defiência Mental e Família





Deficiência Mental e Família:
Implicações para o Desenvolvimento da Criança
1
Nara Liana Pereira Silva2 Maria Auxiliadora Dessen
Universidade de Brasília



É importante conhecer as idéias que norteiam a concepção acerca da deficiência mental, em cada período histórico, para que possamos compreender melhor o lugar da criança DM na sociedade contemporânea. Para isso, recorremos a dois autores, cujas idéias resumimos a seguir.


No final do século XV, houve a revolução burguesa e, com ela, uma mudança na concepção de homem e de sociedade, o que proporcionou também uma mudança na concepção de deficiência. Esta passou a ter uma conotação mais direta com o sistema econômico que se propunha, sendo considerada atributo dos indivíduos não produtivos economicamente. Além disso, com o avanço da medicina, houve uma prevalência da visão organicista sobre a DM, sendo esta vista como um problema médico e não mais, apenas, como uma questão espiritual.


Os DM, por sua vez, são considerados incapazes e fracos, pois não se enquadram nos moldes produtivos do sistema capitalista. Portanto, a deficiência é vista como uma condição desvalorizada em nosso contexto social.


Algumas doenças genéticas que causam a DM: a síndrome de Down, a síndrome do X frágil, as anomalias do sexo cromossômico, as síndromes Prader-Willi e Angelman e, também, a fenilcetonúria. Apesar da existência de diversas causas, grande parte dos registros de deficiência mental não possui uma causa conhecida. Mesmo assim, o fator orgânico ainda predomina em muitas concepções de deficiência mental, prevalecendo, nos diversos espaços institucionais, as visões clínica e patológica da DM como enfoque central no lidar com as pessoas deficientes mentais.


Assim, observamos que ainda há questões que precisam ser aprofundadas com relação ao conceito de DM. Apesar dos esforços de alguns autores, o discurso da maior parte dos órgãos públicos e dos programas de formação de pessoal mostra que a DM continua sendo considerada como estando dentro do indivíduo, descontextualizada e sem nexo social (Nunes & Ferreira, 1994), quando, na verdade, este conceito deveria englobar o contexto sócio-econômico e político de nossa época, bem como as influências culturais que estão presentes na construção deste sujeito concreto criança estabelece com o seu ambiente, em cada momento de seu desenvolvimento.

Fichamento 8 - Síndrome de Turner (Função Tireoidana)





Deficiência Mental e Família:
Implicações para o Desenvolvimento da Criança
1
Nara Liana Pereira Silva2 Maria Auxiliadora Dessen
Universidade de Brasília



É importante conhecer as idéias que norteiam a concepção acerca da deficiência mental, em cada período histórico, para que possamos compreender melhor o lugar da criança DM na sociedade contemporânea. Para isso, recorremos a dois autores, cujas idéias resumimos a seguir.


No final do século XV, houve a revolução burguesa e, com ela, uma mudança na concepção de homem e de sociedade, o que proporcionou também uma mudança na concepção de deficiência. Esta passou a ter uma conotação mais direta com o sistema econômico que se propunha, sendo considerada atributo dos indivíduos não produtivos economicamente. Além disso, com o avanço da medicina, houve uma prevalência da visão organicista sobre a DM, sendo esta vista como um problema médico e não mais, apenas, como uma questão espiritual.


Os DM, por sua vez, são considerados incapazes e fracos, pois não se enquadram nos moldes produtivos do sistema capitalista. Portanto, a deficiência é vista como uma condição desvalorizada em nosso contexto social.


Algumas doenças genéticas que causam a DM: a síndrome de Down, a síndrome do X frágil, as anomalias do sexo cromossômico, as síndromes Prader-Willi e Angelman e, também, a fenilcetonúria. Apesar da existência de diversas causas, grande parte dos registros de deficiência mental não possui uma causa conhecida. Mesmo assim, o fator orgânico ainda predomina em muitas concepções de deficiência mental, prevalecendo, nos diversos espaços institucionais, as visões clínica e patológica da DM como enfoque central no lidar com as pessoas deficientes mentais.


Assim, observamos que ainda há questões que precisam ser aprofundadas com relação ao conceito de DM. Apesar dos esforços de alguns autores, o discurso da maior parte dos órgãos públicos e dos programas de formação de pessoal mostra que a DM continua sendo considerada como estando dentro do indivíduo, descontextualizada e sem nexo social (Nunes & Ferreira, 1994), quando, na verdade, este conceito deveria englobar o contexto sócio-econômico e político de nossa época, bem como as influências culturais que estão presentes na construção deste sujeito concreto criança estabelece com o seu ambiente, em cada momento de seu desenvolvimento.

Fichamento 8 - Síndrome de Turner (Função Tireoidana)





Na Síndrome de Turner a função tireoidiana não deve ser esquecida


Marilia Martins GuimarãesI; João Gabriel H. CordeiroII
IProfessora Associada, Disciplina de Endocrinologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ 
IIProfessor Titular em Endocrinologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Diretor, Instituto de Endocrinologia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, RJ

Endereço para correspondência


A SÍNDROME DE TURNER caracteriza-se pela perda parcial ou total de um cromossoma sexual, resultando em indivíduos femininos, com características fenotípicas variáveis. São comumente mais observados: a baixa estatura, hipogonadismo, malformações cardíacas e renais e outras anormalidades, entre elas o pescoço alado e o linfedema. O endocrinologista é procurado geralmente pela baixa estatura na infância, ou pelo hipogonadismo na época puberal e deve estar atento a outras alterações geralmente de origem autoimune como o diabetes mellitus e a disfunção tireoidiana.


A alteração da glândula tireóide na Síndrome de Turner foi descrita pela primeira vez também em autópsia, por Atria e colaboradores, em 1948, que observaram em uma jovem com Síndrome de Turner a presença de glândula tireóide pequena e com infiltrado linfocitário. Atualmente é relatada alteração da função tireoidiana em cerca de 30% das pacientes, sendo descrita a presença de anticorpos antitireoidianos . Já o hipertireoidismo incide de maneira semelhante à população em geral. Nos estudos longitudinais, observa-se um aumento da incidência da doença tireoidiana com o correr dos anos, sendo referido que existe uma maior prevalência de anticorpos naquelas que apresentavam o cariótipo com isocromossoma de X e que a perda do braço curto e a duplicação do braço longo, parecem ter importância nos processos de desenvolvimento de autoimunidade


Quase todas as pacientes apresentavam alterações da textura, bordos e de ecogenicidade. Esta alta prevalência provavelmente se deve à amostra estudada, uma vez que todas as pacientes haviam apresentado em alguma época alteração da função tireoidiana.

Fichamento 7 - Síndrome de Turner (A percepção da doença em portadoras da síndrome de Turner )


ARTIGO ORIGINAL


A percepção da doença em portadoras da síndrome de Turner


Lígia Z. C. SuziganI; Roberto B. Paiva e SilvaII; Sofia H. V. Lemos MariniIII; Maria Tereza M. BaptistaIV; Gil Guerra Jr.V; Luís Alberto MagnaVI; Andréa T. Maciel GuerraVI

A síndrome de Turner (ST) ocorre em aproximadamente 1:2.130 nativivos do sexo feminino e é decorrente da presença de um cromossomo X e perda total ou parcial do segundo cromossomo sexual.
Assim, acredita-se que a presença de tantos sinais e sintomas, bem como a magnitude dos mesmos, pode causar graves conseqüências no funcionamento psicológico e social das pacientes com ST, devido à reação da própria paciente a essas características ou à reação de outros.
Estudos indicam que há um maior risco de pacientes com ST apresentarem dificuldades emocionais e problemas de comportamento, como, por exemplo: dificuldades de interação social e de relacionamento amoroso, imaturidade, problemas de atenção ou hiperatividade, dificuldades específicas de aprendizagem, retraimento, comportamento agressivo e baixa auto-estima.
Alguns autores apontam a baixa estatura como sendo o principal fator de impacto emocional e a origem de muitos dos problemas psicossociais encontrados.
Pesquisas mostram uma baixa auto-estima e uma menor competência social em meninas com ST quando comparadas com meninas com baixa estatura e cariótipo normal. A partir do início da adolescência, a maior parte das meninas se sente sozinha e rejeitada pelos colegas. Além disso, relatam estar insatisfeitas com sua aparência física. Quando adultas, tendem a ter uma vida social limitada.
É comum, também, haver superproteção por parte dos pais, que tendem a tratá-las de acordo com a altura, e não de acordo com a idade, o que reforça sua dependência e imaturidade.
A infertilidade também pode ser considerada um fator de grande impacto emocional, podendo interferir tanto na sexualidade quanto na auto-estima.
As pacientes com ST enfrentam, ainda, a necessidade de acompanhamento médico e realização de exames (alguns invasivos) durante toda a vida. Sabe-se que a presença de uma "doença crônica" também pode ser fonte de grande impacto emocional. 
É Necessário um acompanhamento médico psiquiátrico na vida de mulheres com a ST, pois o impacto no momento do diagnóstico, o impacto sobre a vida atual e as expectativas de futuro certamente irão abalar profundamente seu emocional.